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quarta-feira, 27 de março de 2013

SP LANÇA PROJETO PARA PREVENÇÃO DA CORRUPÇAO NA SAÚDE

Voltado aos gestores de unidades públicas de saúde, a iniciativa - em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), irá capacitar 600 agentes de todo o Estado


A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e a Corregedoria Geral da Administração da Casa Civil lançam nesta quarta-feira (27/03) projeto inédito no Brasil de prevenção à corrupção na saúde. Em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a iniciativa é uma ação prática de combate à corrupção na área da saúde, realizada pelo órgão da ONU, no mundo.
Voltado aos gestores de unidades públicas de saúde responsáveis pelos setores de diretoria, administração, finanças, compras, auditoria e recursos humanos, o projeto “Prevenção à Corrupção na Saúde” irá capacitar cerca de 600 agentes de todo o Estado, durante as oficinas regionais que serão realizadas no mês de abril.
Somente na aula inaugural, que será realizada no Cefor (Centro de Formação de Recursos Humanos para o Sistema Único de Saúde), localizado na zona Sul da capital, 150 profissionais serão capacitados presencialmente e mais 210 via transmissão por videoconferência, incluindo os que estão nas 17 regiões administrativas da Secretaria de Estado da Saúde. Já para as oficinas regionais, serão disponibilizadas 100 vagas por edição. Cada oficina terá duração de dois dias, com carga horária de 8 horas diária.
“A corrupção deve ser combatida em qualquer setor da sociedade. Porém, quando falamos em saúde pública, o combate a essa prática criminosa deve ser ainda mais efetivo e eficiente, porque se trata de uma área ligada diretamente à preservação da vida. Esperamos que essa iniciativa de combate à corrupção no setor saúde, inédita no Brasil, seja apenas o início de um processo que visa reverter a malversação do recurso público em ações para melhorias dos serviços oferecidos à população”, diz Giovanni Guido Cerri, Secretário de Estado da Saúde de São Paulo.
A partir das experiências discutidas durantes os cursos, será elaborado um manual de controle e prevenção de irregularidades na área da saúde, com diretrizes para o combate e prevenção à corrupção, que, posteriormente, fará parte de uma campanha institucional para divulgação do material por meio da internet.
Programação
Aula inaugural
Data: 27 de abril
Horário: 9h00
Local: Centro de Formação de Recursos Humanos para o Sistema Único de Saúde – CEFOR/SUS – Rua a Dona Inácia Uchoa, 574 ,Vila Mariana, São Paulo.
Macro Região de São José do Rio Preto e Araçatuba
Datas: 2 e 3 de abril
Local: Unilago – Rua Dr. Eduardo Nielsem, 960, Jardim Aeroporto, São José do Rio Preto.
Macro Região Metropolitana de São Paulo
Datas: 4 e 5 de abril
Local: Centro de Formação de Recursos Humanos para o Sistema Único de Saúde – CEFOR/SUS – Rua a Dona Inácia Uchoa, nº 574 ,Vila Mariana, São Paulo.
Macro Região de Campinas, Piracicaba e São João da Boa Vista
Datas: 8 e 9 de abril
Local: Faculdade Anhanguera (Campinas) – FAC III – Rua Luiz Otavio, 1313, Taquaral, Campinas.
Macro Região de Araraquara, Ribeirão Preto, Barretos e Franca
Datas: 8 e 9 de abril
Local: Universidade Paulista de Araraquara – Rua Alberto Benaffi, 200, Parque das Laranjeiras, Araraquara.
Macro Região de Baixada Santista, Registro, Taubaté e Sorocaba
Datas: 11 e 12 de abril
Local: Centro de Formação de Recursos Humanos para o Sistema Único de Saúde – CEFOR/SUS – Rua a Dona Inácia Uchoa, nº 574 ,Vila Mariana, São Paulo.
Macro Região de Marília- Bauru, Presidente Prudente e Marília
Datas: 16 e 17 de abril
Local: FEMA – Fundação Educacional do Município de Assis – Avenida Getúlio Vargas, 1200, Vila Nova Santana.
Fonte: Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo

Kimberly-Clark combate risco de infecções com uso único



O country manager da Kimberly-Clark Health Care Brasil, Cesar Carvalho, anunciou no Saúde Business Forum o início da montagem dos kits de vestuário de proteção cirúrgica de uso único da companhia no Brasil. Até então, a operação era realizada em suas plantas mundiais. A linha é estratégica para diminuir os riscos ao paciente,medicos e equipe de enfermagem
 de contraírem infecções associadas aos procedimentos, como explica o executivo. “Mas o investimento nos produtos depende de uma decisão estratégica e no fórum encontramos o público certo para discutir a questão e avaliar os diferenciais dessa linha que é amplamente utilizada na Europa, Oceania e Estados Unidos”.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 1,4 milhões de pessoas sofrem de uma infecção adquirida no hospital. Nos Estados Unidos, o problema causa aproximadamente 100 mil mortes e custa ao sistema de saúde US$4 bilhões ao ano.  “O Brasil também já alcançou a taxa de 100 mil mortes ao ano, e o índice de infecções hospitalares fica entre 14 e 19%, segundo reportagem do jornal O Globo. Porém, esses produtos reduzem os riscos”.
A KC aposta no potencial brasileiro para os itens de uso único já que apenas 25% dos estabelecimentos os utilizam, restando 75% de mercado para explorar.
Os campos cirúrgicos de uso único da marca são confeccionados em SMS, maleável, moldável, conformável, impermeável e absorvente. Os materiais promovem barreira de proteção para prevenir a contaminação impedindo a passagem de sangue e fluidos corpóreos e são resistentes ao desprendimento de partículas, reduzindo riscos de infecção, contaminação e complicações no pós-operatório.   Inclusive, há campos específicos com coletores de fluídos para cirurgias vídeolaparoscópicas.
No portfólio apresentado aos participantes do fórum estão aventais de Isolamento KC 100, 200 e 300 com proteção contra bactérias e fluidos que cumprem com as orientações nível 1, 2 e 3 da Association of Medical Instrumentation (AAMI); luvas de exame de nitrilo KC500 Purple Nitrile, KC300 Sterling e KC100 Lavender adaptáveis à tarefa, sendo que nenhuma delas contém látex; e as soluções de proteção respiratória e facial com máscaras, respiradores e viseiras para os olhos ou rosto.

sábado, 23 de março de 2013

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PSICÓTICO

 

   
I – INTRODUÇÃO
As síndromes psicóticas caracterizam-se por sintomas como alucinações e delírios; pensamento desorganizado e comportamento claramente bizarro, como fala e risos imotivados; distúrbios das relações pessoais e a incapacidade de comunicar-se com clareza. Os sintomas paranóides são muito comuns, como idéias delirantes e alucinações auditivas de conteúdo persecutório.

II – PROCESSO DE ENFERMAGEM
 
a) Histórico
*    Anamnese
*    Entrevista com o cliente  
*    Observação

b) Diagnóstico de Enfermagem  
*    Ansiedade
*     Déficit de auto-cuidado
*     Alteração no padrão do sono
*     Alteração nos processos do pensamento
*     Alteração da senso-percepção
*     Deterioração da comunicação verbal
*     Isolamento social
*     Deterioração da manutenção do lar
*     Potencial de violência, consigo mesmo e com os outros
*     Diminuição da auto-estima
*     Não seguimento do tratamento
*     Ajuste familiar ineficaz

c)  Prescrição
*    Estabelecimento de metas com o cliente.
*    Estabelecimento    de    critérios    para   evolução    final   desejada para o cliente.
*     Estabelecimento    de   critérios    para   evolução    final   desejada para a família.

d) Implementação
*    Observação  e  anotação  do comportamento  que  o cliente manifesta.  Deve  ser completa  e  detalhada  para auxiliar na prevenção de agressões, fugas e suicídio.
*    Fazer um levantamento das necessidades básicas afetadas
     Hidratação
  *   Alimentação
  *   Sono e repouso
  *   Eliminações
  *   Higiene e aparência pessoal
  *   Atividade Motora
     *    Proporcionar ambiente terapêutico.     
     *    Ser sincero, cumprir promessas feitas.
     *    Orientar sistematicamente para a realidade.
    *    Estabelecer    uma   relação    terapêutica  baseada   na    confiança e no      reconhecimento      de      suas     qualidades      e      capacidades, reforçando-as.
     *    Ser    coerente    na   comunicação  verbal e  não verbal servindo como modelo para o cliente.
     *   Na  presença  de  delírios e alucinações  não   criticar   ou  menosprezar  as idéias do cliente.
     *   Estar  atento   quanto    à    aceitação    do   tratamento.  Verificar   se o cliente toma os medicamentos prescritos.
     *   Encaminhar,  mobilizar   oportunidades    para   o   cliente  se   ocupar e recrear-se em tarefas corretas.
      *   Estimular progressivamente a sua interação social.
     *   Orientar    cliente   e   familiares    a   respeito   da  doença,  dopossíveis efeitos   da   medicação,   da   importância  do  tratamento  e  de  segui-lo corretamente.   Incentivar   visitas,    observação     da    interação entre eles.

Compreendendo melhor a Esclerose Lateral Amiotrófica- ELA

Terminologia- ELA

Doença de neurônio motor (DNM) é um termo genérico, freqüentemente utilizado para incluir quatro principais síndromes neurológicas clínicas:

Atrofia muscular progressiva esporádica (AMP);
Esclerose lateral primária (ELP);
Paralisia bulbar progressiva (PBP);
Esclerose lateral amiotrófica (ELA).

O termo DNM traz sérios problemas, pois é inexato é pode ser fonte de confusões diagnósticas: não existe uma DNM, mas várias. Não são afetados todos ou somente os neurônios motores inferiores, desde que os motoneurônios gama e os neurônios motores autonômicos pré-gangliônicos são discretamente ou mesmo não comprometidos.
A doença também pode envolver não somente os neurônios motores, mas, eventualmente, outros tipos de neurônios.

Por outro lado, o termo Esclerose Lateral Amiotrófica também pode trazer problemas:

•É difícil de entender. O nome soa misterioso e amedrontador. É preferível usar a forma abreviada (ELA);
•É incorreto e freqüentemente utilizado indistintamente para 3 tipos diferentes de condições clínicas como já mencionadas: ELA, PBP e ELP.
Esclerose é um termo genérico que significa endurecimento e cicatrização.

Esclerose lateral refere-se ao endurecimento da porção lateral da medula espinhal decorrente de morte dos neurônios motores superiores (neurônios da região cortical do cérebro, mais precisamente no giro pré-central – área motora). Na porção lateral da medula existe um conjunto de fibras nervosas originárias dos neurônios motores superiores. Este conjunto de fibras forma uma estrutura anatômica chamada trato cortico-espinhal lateral.

A = significa não. Mio = refere-se a músculo. Atrofia é um termo médico usado quando alguma coisa torna-se menor ou enfraquece. Amiotrófica refere-se à atrofia dos músculos devido à morte dos neurônios motores inferiores (originados da porção anterior ou ventral da medula espinhal). A integridade das fibras musculares depende de sua inervação pelas fibras nervosas originárias dos neurônios motores inferiores. Quando eles degeneram e morrem, as fibras musculares inervadas por estas células nervosas sofrem atrofia. Esta atrofia é observada clinicamente pela perda de massa muscular.

Esclerose Lateral Amiotrófica significa perda muscular e fraqueza causada pelo comprometimento concomitante de neurônios motores de dois tipos:
•Neurônio motor superior (NMG) – cérebro
•Neurônio motor inferior (NMI) – tronco cerebral / medula espinhal

Classificação e Quadro Clínico

A classificação das DNM depende de vários critérios, incluindo síndrome clínica, alterações morfológicas, padrão de herança, achados eletrofisiológicos e anormalidades bioquímicas e imunológicas.
O diagnóstico clínico é baseado nos locais iniciais de comprometimento no sistema nervoso (neurônios motores superiores, neurônios motores do tronco cerebral e neurônios motores inferiores ou espinhais). A doença resultante caracteriza-se por sinais de degeneração do neurônio motor inferior (espasticidade, aumentos dos reflexos tendinosos - hiperreflexia) e/ou degeneração do neurônio motor inferior (fraqueza, atrofia muscular e fasciculações).
Atrofia muscular progressiva (AMP)

A AMP, doença pura do neurônio motor inferior de causa ainda não identificada, é incomum, representando cerca de 5 a 20% dos casos de DNM. Manifesta-se clinicamente com fraqueza, atrofia e fasciculações, geralmente de início nos membros superiores, envolvendo, progressivamente, membros inferiores e região bulbar (músculos relacionados à deglutição e fala). Não há indícios de liberação piramidal (reflexos aumentados, espasticidade). Os reflexos profundos geralmente encontram-se abolidos. O principal diagnóstico diferencial deve ser feito com neuropatia motora multifocal pura (NMM), uma doença de caráter autoimune, principalmente porque esta forma de doença pode ser tratada com o uso de gamaglobulina hiperimune.
Os dois grupos de doenças são por vezes difíceis de distinguir por critérios puramente clínicos. A eletroneuromiografia (ENMG) pode ser o exame chave para seu diagnóstico, quando há a demonstração de bloqueio de condução nervosa motora, geralmente com predomínio de acometimento de membros superiores.

Esclerose Lateral Primária (ELP)

A ELP caracteriza-se por surto insidioso, de evolução lenta, sem história ou evidência de envolvimento de qualquer outra parte do sistema nervoso, exceto dos tratos cortico-bulbar e cortico-espinhal. Não há evidência, pelo menos nas etapas iniciais da doença, de comprometimento, tanto clínico quanto eletroneuromiográfico, do neurônio motor inferior. Clinicamente, manifesta-se com quadriparesia espástica, reflexos tendíneos profundos exaltados, sinal de Babinski bilateral, disartria espástica e labilidade emocional (quadro pseudobulbar).

Paralisia Bulbar Progressiva (PBP)

A PBP caracteriza-se por comprometimento predominante da musculatura de inervação bulbar com ou sem envolvimento do neurônio motor superior. Disartria e disfagia são os sintomas predominantes, acompanhando-se de fraqueza, atrofia e fasciculações de língua. Envolvimento moderado da musculatura do pescoço pode ser encontrado. Sinais de comprometimento do neurônio motor superior ou labilidade emocional podem ser encontrados.

Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

A ELA caracteriza-se por paralisia progressiva marcada por sinais de comprometimento do NMS (clônus e sinal de Babinski) e do NMI (atrofia, fasciculações). É a forma mais comum das doenças do neurônio motor e, por isso, freqüentemente, o termo ELA é utilizado indistintamente para as outras formas de DNM.
A maioria dos casos (80-90%) é esporádica, isto é, não ocorrem outros casos na família. As formas hereditárias são autossômicas dominantes (ocorrem casos em todas as gerações, filho (a)s de pacientes com a doença) e são incomuns (10-20% dos casos).
O envolvimento predominante é o da musculatura dos membros (membros superiores mais que os inferiores), seguindo-se de comprometimento bulbar (músculos da deglutição e da fala), geralmente de caráter assimétrico. Muitas vezes, precedendo ou seguindo-se a instalação dos sintomas, os pacientes queixam-se de cãibras. Fraqueza, atrofia e fasciculações nos membros são sinais clínicos mais proeminentes. Mais tarde, são afetadas as funções vocais e respiratórias. Os nervos cranianos, que controlam a visão e os movimentos oculares e os segmentos sacros inferiores da medula espinhal, que controlam os esfíncteres, não são afetados.
As capacidades mentais e psíquicas permanecem inalteradas durante todo o curso da doença. A ELA não afeta as funções corticais superiores como a inteligência, juízo, memória e os órgãos dos sentidos.

Diagnóstico

Os critérios diagnósticos para a DNM/ELA foram propostos pela World Federation of Neurology (critérios de El Escorial). Eles são basicamente apoiados nas seguintes premissas:

Presença de:

•Envolvimento clínico, eletroneuromiográfico ou anátomo-patológico do neurônio motor inferior;
•Alterações do tipo neurogênicas na eletroneuromiografia (ENMG), em músculos clinicamente normais;
•Sinais de envolvimento do neurônio motor superior;
•Progressão da doença.

Ausência de:

•Comprometimento sensitivo;
•Comprometimento autonômico;
•Comprometimento visual;
•Síndrome de Parkinson;
•Alterações em exames de neuroimagem, de outras doenças, que poderiam explicar os achados neurogênicos na ENMG.

Apoiado por:

•Fasciculação em uma ou mais regiões;
•ENMG – alterações neurogênicas; velocidade de condução normal; sem bloqueio de condução.

Passos essenciais para realização de diagnóstico:

1. História e exame físico: certificar-se de que os achados clínicos são indicativos do diagnóstico de DNM/ELA;

2. Exame eletroneuromiográfico: confirmar a presença de comprometimento do neurônio motor inferior em regiões clinicamente comprometidas. Identificar envolvimento de neurônio motor inferior em regiões ainda clinicamente não comprometidas. Excluir outras doenças.

3. Neuroimagem: excluir outras doenças que poderiam simular DNM/ELA.

4. Exames laboratoriais clínicos: excluir outras doenças que possam simular ELA.

Apesar do grande esforço da comunidade médica para categorizar e definir melhor esta moléstia, a ELA afeta cada indivíduo de forma diferente. A doença progride mais rapidamente em alguns pacientes do que em outros; alguns pacientes apresentam comprometimento generalizado, enquanto outros apresentam envolvimento mais localizado, vindo a falecer antes de desenvolverem todos os sinais e sintomas da doença.

O diagnóstico errôneo não é infreqüente, ocorrendo em aproximadamente 15% dos casos. Como não existe um teste diagnóstico específico, às vezes pode ser muito difícil distinguir ELA de outras situações clínicas, principalmente nas fases iniciais da doença.

Tratamento

Na atualidade, não há cura para a ELA. Os mais variados tratamentos já foram tentados, incluindo-se antioxidantes, bloqueadores do canal de cálcio, agentes antivirais, inibidores da excitotoxicidade, plasmaférese e imunossupressores, mas não houve uma mudança significativa na história natural do ELA.

Drogas inibidoras da excitotoxicidade (glutamato), por exemplo o riluzole, apresentaram como efeito benéfico um prolongamento da vida, em alguns meses; passo ainda pequeno mas muito importante sobretudo para o entendimento da gênese desta moléstia.

Grandes esperanças estão sendo depositadas no uso de fatores neurotróficos, especialmente o fator de crescimento nervoso ciliar (CNTF), o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNTF), o fator de crescimento similar à insulina (IGF1) e o fator neurotrófico derivado da linhagem das células da glia (GDNF). Estes produtos têm permitido, sobretudo em ensaios clínicos com modelos animais, uma atividade neurotrófica potente e neuroprotetora, reduzindo o grau de atrofia muscular. Estes resultados justificam os mais recentes ensaios terapêuticos (“trials”) com estas neurotrofinas na ELA.

Dr. Walter Oleschko Arruda

ADMINISTRAÇÃO E ENFERMAGEM-Aplicação multidisciplinar




Aplicação da administração em enfermagem

Ao longo dos anos a práxis da enfermagem tem contribuído muito para o desenvolvimento da profissão o que faz com que ela necessite do apoio de outras ciências como a administração para a sua expansão, (SOUZA; SOARES, 2006).
Segundo Souza e Soares (2006), a administração participativa no que diz respeito à democratização das tomadas de decisões, estabelece uma melhor satisfação e aumento de produtividade no trabalho.
A enfermagem busca na administração uma ciência capaz de tornar a profissão operacionalmente racional, tendo em vista que administração é defendia como um instrumento de qualquer organização e que pode ser aplicada em qualquer área, (SOUZA; SOARES, 2006).
Ao longo deste estudo vimos que o administrador tem como função: planejar, organizar, coordenar, executar e avaliar os serviços de uma organização. Assim como o administrador o enfermeiro também exerce essa função no que diz respeito aos serviços de enfermagemos serviços de enfermagem, (ARONE; CUNHA, 2007).
É bem verdade que em algumas ocasiões tem sido necessário que o enfermeiro resolva questões que não são de sua responsabilidade, fazendo com que ele se sinta sobrecarregado pondo em risco a eficácia de seu trabalho, (SOUZA; SOARES, 2006).
Visando o acúmulo de responsabilidades entende-se que é necessário que o enfermeiro/ administrador na resolução de problemas busque não somente soluções imediatistas, ou seja, a curto prazo, mas também a médio e longo prazo, através de planejamento e organização evitando assim o acúmulo de situações problemáticas e o estresse e sobrecarga enfermeiro prejudicando assim seu desempenho.

Por:  Erick Almeida

ADMINISTRAÇÃO E ENFERMAGEM (PARTE3)



Teoria da Administração Científica
Quando se fala desta primeira corrente da administração como ciência o destaque vai para o engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor. Ele observou ao longo de sua carreira a deficiência das produções fabris, tais como: ausência de noção clara de divisão de responsabilidades; muitos trabalhadores não cumpriam seu dever; as decisões dos administradores eram baseadas em intuições e palpites; os departamentos das empresas não eram integrados, aos trabalhadores eram delegadas funções onde não possuíam habilidade, dentre outras deficiências. Tendo em vista os problemas das produções fabris, Taylor achou por bem desenvolver o "estudo sistemático e científico do tempo", o que consistia em cronometrar o tempo em que os funcionários produziam determinados produtos no maior ritmo possível. Este estudo tinha como objetivo analisar o tempo necessário para o desenvolvimento de determinadas tarefas e o salário correspondente, (MAXIMIANO, 2009).
Ao passar dos anos Taylor observou que a questão do tempo e salário unicamente não solucionaria o problema. Então desenvolveu uma nova pesquisa que visava o aprimoramento dos métodos de trabalho. Assim sendo ele apresenta uma nova concepção dos princípios da administração de uma empresa, que são eles: Seleção e treinamento de pessoal, salários altos e baixos custos de produção, identificação de como executar a tarefas da melhor maneira possível e cooperação entre trabalhadores e administração. Ainda outros aspectos foram abordos, entre eles: padronização de ferramenta e equipamentos, sequenciamento e programação de operações, estudo de movimentos, Conveniência de uma área de planejamento, cartões de instruções pagamento de acordo com desempenho e cálculos de custo. Após esses estes estudos guru da teoria da administração científica agregou ao seu estudo que o incentivo individual ao trabalhador atenderia o desejodo ganho material estimulando assim o crescimento pessoal, (MAXIMIANO, 2009).
2.2 Teoria clássica da administração
A teoria de administração clássica foi fundada por Henry Fayol logo após a primeira guerra mundial (1914-1917) e tem como ponto de parida o estudo científico da administração. Fayol apresentou como novidade em sua época a necessidade de um ensino organizado e metódico de administração para formar administradores. A teoria clássica tem como estrutura a organização; e ele acreditava que o comportamento administrativo deveria ter como modelo a organização militar, ou seja, um sistema de hierarquização. Onde haja uma cadeia de comando interligando as posições e definindo quem se subordina a quem (CHIAVENATO, 2003).
Portanto, pode-se ver que a teoria clássica aborda a constituição de uma organização baseada em uma cadeia de comando,pela qual existe um corpo executivo que controla todo um grupo de pessoas que hierarquicamente se subordinam.
2.3Teoria das relações humanas
Na década de 1930 psicólogos e cientistas sociais, afirmavam que o homem só trabalha por dinheiro. Acreditavam que as aplicações da administração científica eram insuficientes para o êxito profissional. Essas colocações trouxeram resultados desagradáveis como a desumanização do trabalho, tendo em vista o modo rígido de supervisãopara realização de tarefas. Os estudiosos da época percebiam que a rigidez das normas de trabalha dificultavam o relacionamento dos trabalhadores em meio ao ambiente de trabalho, (MASIERO, 2007).
Helton Mayo, o mais importante contribuinte para a escola das relações humanas realizou um estudo que visava em principio entender a produtividade e luminosidade no local do trabalho. Esperava-se que ao aumentar a luminosidade aumentaria o desempenho dos trabalhadores, assim como se diminuísse a luminosidade, diminuiria o desempenho dos trabalhadores. No entanto ao trocarem as lâmpadas por outras de uma mesma potência notou-se a queda do desempenho dos trabalhadores levando a conclusão de que o que realmente poderia levar em consideração era o estado psicológico dos trabalhadores. Foi analisado então outros fatores como horário de descanso e alimentação. Porém os resultados foram diferentes do esperado, pois se notou novamente a influência de fatores psicológicos. Enfim foi realizado outro experimento pelo qual foi separado um grupo deseis trabalhadores e colocado sob uma supervisão mais branda onde foi encontrado um resultado satisfatório, pois os trabalhadores se sentiam mais liberdade e motivação (MASIERO, 2007). Portanto com esta escola descobriu-se o "homem social" da organização.
2.4Teoria de sistema
A abordagem da teoria de sistema foi desenvolvida pelo Bertalanffy, que iniciou um movimento intelectual visando uma ciência unificada. Segundo Masiero (2007, p. 30) sistema seria "um conjunto de elementos que inter-relacionam de forma coesa e integrada, buscando atingir determinado objetivo". Mais tarde ela obteve a projeção definitiva a partir do trabalho de Katz e Kahn no ano de 1987.
A abordagem da estrutura de sistema relaciona a estrutura (organização) com o meio que lhe dá suporte e afirma que a maneira de manter a organização é fortalecer os seus recursos humanos que é a fonte motivadora da mesma. A palavra sistema está intimamente ligada com a palavra ambiente. O sistema necessita de constantes informações vindas do ambiente, para ser analisado o desempenho de produção a fim de atingir os seus objetivos. (ARAÚJO, 2007).
O pensamento desses autores leva a crer que a comunicação é a essência de uma organização, visto que através da comunicação os diversos departamentos das instituições se interligam.
2.5Teoria Contingencial
Uma característica importante da teoria da contingência é que não se consegue sucesso na organização partindo de um único ponto, é necessária diversidade de alternativas para encaminha estudos, demandas organizacionais e problemas (ARAÚJO, 2007).
Segundo Masiero (2007), Contingência significa eventualidade, incerteza, ou seja, a teoria da contingência aborda as diferentes formas de administrar, a forma de administrar é "relativa", envolvendo uma série de fatores, assim sendo, a maneira que uma organização deve ser administrada está condicionada ao ambiente em que ela está inserida.
O fato da teoria de contingência considerar a forma de administrar relativa, dependendo do ambiente em que a organização está envolvida limita o processo administrativo, pois não estabelece nenhuma técnica padrão, e por outro lado enriquece as habilidades do administrador.

Por: Erick Almeida

ADMINISTRAÇÃO E ENFERMAGEM (PARTE2)



UMA BREVE REVISÃO DA TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO
Segundo Chiavenato (2003), a palavra administração originou-se do latim, sendo, ad (direção, tendência para) e minister (subordinaçãoou obediência) e tem como significado a realização de uma função sob o comando de outrem, ou seja, a prestação de um serviço a outro.
Já como disciplina, Masiero (2007)entende que Administração pode ser compreendida como integração e coerência entre o conhecimento das diferentes áreas da atividade humana, aplicadas às organizações, tendo em vista a sua sobrevivência, sua eficiência e sua eficácia. E o Raymundo (2006), caracteriza a administração como um conjunto de atividades multicientífico e multidisciplinar, ou seja, uma ciência que se aplica em todas os departamentos da vida antiga e moderna.
Procurando trazer uma definição para o ambiente macro das empresas ou organizações, Maximiano (2009), define administração como o processo de tomada de decisões utilização de recursos para realização de objetivos. Para o autor o processo de decisão não é simplesmente tomar decisões sem nenhuma estrutura, mas sim a partir dos recursos disponíveis no momento da decisão.
Raymundo (2006) acrescenta que administrar é o processo que conduz as pessoas àrealização de determinados trabalhos, pois é necessário que exista no administrador a capacidade de influenciar as pessoas a realizarem suas tarefas.